Seria uma benção, ou um fardo? Os poetas que imortalizam o tempo através das palavras estão acostumados com ambos, ainda mais quando um poeta renovador como Arnaldo Antunes decide transformar o caos contemporâneo em arte.
Novo Mundo reafirma Arnaldo Antunes como o artista inquieto que segue adiante entre a palavra e o ritmo, o íntimo e o coletivo, o acústico e o eletrônico. Os temas abordados podem ser existencialistas e urgentes como em “O Amor é a droga mais forte” e “Acordarei”, afetivos em “Viu, mãe?”, esperançosos em “É primeiro de janeiro” ou traumaticamente questionadores como na desconfortável e sublime “Tire o seu passado da frente”. Trilha sonora da realidade e da distopia, Novo Mundo também funciona, como o próprio Arnaldo declarou, como uma tomada de consciência em fato à realidade, apresentando respostas e canções que urgem por um mundo mais gentil e justo.
Produzido por Pupillo e gravado com Kiko Dinucci (guitarras), Vitor Araújo (teclados e sintetizadores), Betão Aguiar (baixo) e o próprio Pupillo (bateria, percussão e programações), o álbum é também um encontro de convidados especiais e referências diversas: David Byrne brilha em “Body corpo” e “Não dá para ficar parado aí na porta”, a tribalista Marisa Monte em “Sou só”, Ana Frango Elétrico em “Pra não falar mal”, Erasmo Carlos postumamente em “Viu, mãe?” e o rapper Vandal na faixa-título.
Obra que questiona a realidade enquanto cultiva o pulsar de sempre, Novo Mundo celebra não apenas o repertório inventivo, mas o intrigante espírito de busca que move Arnaldo Antunes desde sempre. Novo Mundo é uma travessia pelo tempo, pelas palavras, pelas batidas e pelo agora.
Como escreve Charles Gavin no texto que acompanha essa edição em vinil de Novo Mundo, “o músico sente, ouve o que muitos não escutam. O poeta observa, vê o que muitos não enxergam. Os dois ofícios, por vezes incorporados num só ser, atiram-se na laboriosa tarefa de questionar, provocar, polemizar, alertar, anunciar, denunciar, indicar, desfazer fronteiras e paradigmas, embelezar a vida. O músico se desdobra, mar a cada compasso. E o poeta reinventa é mais de uma pessoa — é três, quatro, dez, vários. Bem-vindo ao Novo Mundo”.
Esta edição Três Selos/Rocinante é em vinil transparente 180g e inclui capa dupla, com letras e texto de Charles Gavin.
Lista de faixas
Lado A
1. Novo mundo (participação: Vandal)
2. O amor é a droga mais forte
3. Corpo corpo (participação: David Byrne)
4. É primeiro de janeiro
5. Pra não falar mal (participação: Ana Frango Elétrico)
6. Acorderei
Lado B
1. Pra brincar
2. Tire o seu passado da frente
3. Sou só (participação: Marisa Monte)
4. Viu, mãe?
5. Não dá para ficar parado aí na porta (participação: David Byrne)
6. Tanta pressa pra quê?
• LP transparente 180g
• Capa dupla
• Encarte duplo
• Texto inédito de Charles Gavin
• Obi
*A cor do disco está sujeita a oscilações devido ao processo de fabricação
**Imagens meramente ilustrativas
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